Em meio à pandemia, bispos afirmam ser importante manter gestos de solidariedade
O tempo da Quaresma é propício para um processo de conversão, de mudança de vida, sobretudo na relação com Deus, com os outros e o mundo criado. Não é a toa que a Campanha da Fraternidade 2020 faz um convite para renovar as relações, dando destaque à expressão “mútuo cuidado”. Para que se alcance tal objetivo, sobretudo em tempos de pandemia, o bispo de Santa Cruz do Sul, dom Aloísio Alberto Dilli, afirmou ser indispensável o esforço de todos na participação no cuidado da vida, como dom e compromisso. Contudo, garantiu que sem a oração que pede o auxílio de Deus, o Criador, as ações serão insuficientes.
Também o bispo de Marabá, no Pará, dom Vital Coberllini, afirmou estarmos passando por um período difícil na humanidade, mas pediu que todos tomem atitudes de solidariedade, de fraternidade entre os povos e as pessoas a partir das pessoas idosas e dos excluídos da sociedade. “Nós não podemos ficar indiferentes diante da outra pessoa que está sofrendo por causa do Coranavírus ou que está afetada por outra doença”, disse o bispo.
Com parte da população mundial agora em situação semelhante — quarentena, autoisolamento e outras medidas por medo do vírus —, pessoas estão buscando maneiras de seguir adiante. Na Itália, pessoas cantam juntas nas janelas; pelo mundo, jovens oferecem fazer compras para pessoas mais velhas que não podem fazê-lo, e pessoas sob quarentena batem palmas para médicos que estão cuidando da população infectada.
Em momentos como esse, o bispo referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Francisco Ferrería Paz, afirmou ser importante mantermos gestos de ternura. “Gestos de solidariedade, de alegria, de sorriso, olhares positivos, compreensivos, elogios, apoios, encorajamento, profecias positivas no sentido de otimizar as pessoas mostrando as virtudes que elas têm, ser paciente, compreensivo, ajudá-las é importante neste momento”, disse o bispo.
De acordo com ele, nada é mais apreciável no momento do que mostrar sempre um semblante animado, sem julgar. “Acho que isso faz muita diferença nessa hora, porque o isolamento a gente combate com carinho, ternura, mostrando que a pessoa é especial para nós”, disse. Esses pequenos gestos, segundo dom Roberto, podem alcançar o coração e fazer a diferença. “O amor gera a ternura, mas ternura purifica, transforma o amor”, finalizou.
Fonte: Site oficial da CNBB
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