Como alguns santos enfrentaram pandemias
Ao longo dos 2 mil de história, a Igreja viveu com a humanidade os flagelos de pestes e pandemias e, de forma resiliente, soube trazer frutos de eternidade para a vida.
Um com todos
A maioria das obras sociais nasceu da inserção dos fieis leigos e religiosos em cada realidade local. Isso mostra que não existe tribulação que seja maior que a caridade e a força do Espírito Santo em socorrer o povo de Deus.
As situações de sofrimento humano não só suscitam ações, mas também forjam grandes santos e são para nós modelos de fé e perseverança em tempos de tribulação. Ao longo dos 2 mil de história, a Igreja viveu com a humanidade os flagelos de pestes e pandemias e, de forma resiliente, soube trazer frutos de eternidade para a vida.
Conheça alguns santos que atravessaram estes momentos:
1 – São Roque
Nascido em 1295 na França, sua mãe Libéria incutiu nele um grande amor por Nossa Senhora. Aos 15 anos, Roque perdeu os pais e acabou herdando uma grande fortuna que acabou por abdicar para poder viver a pobreza evangélica.
Partiu da França e foi para Roma vivendo como um mendicante. Era o período da peste (peste negra) e acabou por contrair a grave doença. Para não ocupar um leito do hospital e cedê-lo a algum pobre, se escondeu na floresta para esperar a morte, que acreditava ser questão de tempo.
Certo dia, ele observou que próximo onde estava começou a brotar uma fonte de águas límpidas. Nelas, começou a se lavar e limpar as chagas. Logo percebeu que isso acalmava o incomodo das chagas.
Outro fato interessante é um cãozinho aparecer-lhe e começar-lhe a levar cotidianamente um pão, além de lamber suas feridas. O dono, percebendo a rotina do animal, seguiu e encontrou o santo.
Tempos depois, São Roque estava curado da peste e colocou-se a cuidar dos enfermos na cidade de Toscana. Lá, diziam que somente ao fazer o sinal da cruz, a peste saia do corpo dos doentes.
2 – Santa Jacinta e São Francisco Marto
Os irmãos, juntamente com sua prima Lúcia, foram os videntes de Fátima. Nossa Senhora aparece-lhes enquanto estes pastoreavam as ovelhas.
Nossa Senhora pediu-lhes que fizessem penitencia e rezassem muitos terços pelos pecados e pela paz no mundo.
Era o ano de 1917. Nossa Senhora revelou à Lúcia que em breve Francisco e Jacinta estariam no céu juntamente com ela. E assim aconteceu.
Estava no início da pior pandemia do século passado: a gripe espanhola. O primeiro a adoecer foi Francisco; ele e a irmã adoeceram em dezembro de 1918, mas este veio a falecer em casa em abril do ano seguinte.
Jacinta permaneceu mais tempo internada vivendo um longo tempo sem a companhia da família, na solidão do hospital. Partiu para o pai no dia 20 de fevereiro de 1920.
3 – São Damião de Molokai
Josef de Veuster-Wouters nasceu no dia 3 de janeiro de 1840, numa pequena cidade ao norte de Bruxelas, na Bélgica.
Era sacerdote da ordem do Sagrado Coração e aceitou o convite do bispo do Havaí para servir no país que estava sofrendo com a epidemia de lepra. O governo local enviava os doentes para uma ilha chamada Molokai e lá os deixava abandonados, sem assistência.
Ele prontamente foi com outros três padres e a primeira coisa que fez foi providenciar um lugar para enterrar os mortos. Depois, construiu uma igrejinha de alvenaria para administrar os sacramentos.
Com a ajuda de um médico, ergueu um hospital e com as doações que chegavam de todas as partes do mundo, fez um aqueduto que ajuda na higiene do local.
Após dez anos de serviços, contraiu lepra e rapidamente a doença tomou conta do seu corpo. Ele faleceu em 15 de abril de 1889 e foi canonizado por Bento XVI em 11 de outubro de 2009.
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